Gosto se discute, sim – Estética, Filosofia da Arte e a "Crítica da faculdade do juízo", de Kant

Ao contrário do que afirma o dito popular, gosto se discute, sim. Existe na filosofia uma disciplina específica para tais discussões, e seu nome você já conhece: trata-se da Estética. Vemos esta palavra frequentemente designando coisas como “estilo”, “beleza” ou “forma”, mas seu significado original não é bem este. A origem do termo é o substantivo grego “aisthesis”, e significa basicamente “sensação”.

No sentido comum, os termos “estética”, “filosofia da arte” ou “teoria do belo” são usados de maneirar intercambiável. A discussão sobre o tema existe praticamente desde o início da filosofia ocidental. A Estética propriamente dita, todavia, é uma disciplina relativamente recente. Sua origem remonta à publicação da obra Aesthetica, do filósofo alemão Alexander Baumgarten, em 1750.

Neste texto vamos mostrar por que gosto é algo discutível, e traçar a diferença entre conceitos como o bom, o belo e o agradável. Nosso foco é principalmente a discussão realizada pelo filósofo alemão Immanuel Kant em sua obra Crítica da faculdade de julgar (ou Crítica da faculdade do juízo, dependendo da tradução). O conceito de “estética” é o que melhor simboliza o movimento através do qual a filosofia kantiana inverte a relação entre finito e infinito, entre homem e Deus. É na terceira crítica kantiana que este aspecto sensível do homem será particularmente analisado em relação sobre com a questão da estética.

A dupla revolução da estética: o gênio e o gosto

Para uma melhor compreensão do assunto, voltemos um pouco no tempo. Nas sociedades antigas, as obras de arte tinham uma função sagrada. Entre os gregos, por exemplo, elas refletiam a ordem cósmica exterior e superior aos homens. Eram como que um “pequeno universo”, uma miniatura do cosmos. Para Platão, o Belo não se define somente em termos de criação subjetiva, e nem mesmo em função do efeito que possa produzir na sensibilidade particular de algum indivíduo. A ideia do Belo é associada à de uma ordem objetiva e submetida à medida e à proporção. Os templos gregos, por exemplo, foram construídos obedecendo uma rígida proporção matemática na altura de suas colunas, por exemplo, revelando como os gregos levavam a sério a relação entre proporção e beleza.

No contexto grego, a obra de arte possui uma certa objetividade, ela exprime não tanto a inspiração subjetiva do arquiteto ou escultor, mas a ordem cósmica do universo, da qual o artista aparece modestamente como intermediador entre os homens e os deuses. A ideia que hoje temos do artista como um criador e a subsequente exigência de originalidade é um fenômeno mais recente, cujas origens remontam à ideia cartesiana de tabula rasa. O belo, hoje, não deve mais ser “descoberto”, como se já existisse no mundo objetivo independente de nós, mas deve ser criado, inventado.

Esta mudança de perspectiva por parte do artista se refletiu também no espectador, dando origem à noção de gosto. O termo aparece pela primeira vez provavelmente nas obras de Gracian para designar a capacidade subjetiva de distinguir o conveniente do inconveniente, o belo do feio. Isso seria dizer que, ao contrário dos antigos, o belo não designa mais uma qualidade ou um conjunto de propriedade pertencentes de maneira intrínseca à obra de arte. Os primeiros tratados de estética afirmarão que o belo é subjetivo, que ele reside essencialmente naquilo que agrada ao nosso gosto, à nossa sensibilidade (aisthesis).

Montesquieu, por exemplo, afirma em seu Ensaio sobre o gosto: “São estes diferentes prazeres de nossa alma que formam o objeto do gosto, como o belo... As fontes do Belo, do Bom e do Agradável estão, portanto, em nós mesmos: e buscar suas razões é buscar as causas dos prazeres em nossa alma.”

A ruptura com a antiguidade é clara, mas não súbita. Inicialmente não desaparece ainda a ideia de que o artista deve investigar a harmonia. A ruptura é completa, todavia, ao afirmar que esta harmonia não é de uma ordem exterior e superior ao homem. Kant irá demonstrar que a harmonia se encontra na faculdade subjetiva em nós, de modo que não é porque o objeto é intrinsicamente belo que ele nos agrada, mas porque ele fornece um certo tipo de prazer relacionado mais à organização da subjetividade humana e sensível do que à encarnação de uma ordem exterior a nós.

Neste ponto surge para nós um problema crucial que os antigos não conheceram: o do critério de gosto. A Crítica da faculdade de julgar, de Kant, fará uma distinção entre o verdadeiro, o bom e o agradável. O bom e o agradável opõem-se um ao outro diametralmente no que diz respeito aos critérios. É possível distinguir, pelo menos em grade parte dos casos, o verdadeiro do falso (como na matemática ou na ciência), enquanto que o agradável é e permanece sempre subjetivo: quem consegue provar a uma pessoa que ela está errada em não gostar de escargot ou de creme no café?

Por outro lado, o caso do Belo é bem mais complexo, pois discutimos sobre ele como se pudéssemos demonstrar que uma obra é bela ou não, mas sempre consciente de que é impossível, em última instância, chegar a uma conclusão definitiva sobre o assunto. Este é o charme do debate sobre o belo, e o que nos mantém debatendo tal assunto na vida cotidiana. Nas palavras de Nietzsche: “Dizem que gosto e cores não se discute... e mesmo assim ninguém faz outra coisa!”.

A questão do gosto, se podemos assim resumir, remete ao surgimento da subjetividade moderna. Ela é resultado da ruptura com o mundo antigo no qual não se duvidava da objetividade do belo, definido como uma espécie de “microcosmos” à imagem do grande cosmos. Para nós, todavia, surge um problema: se o belo é subjetivo, se ele é, como dizem, “questão de gosto” e de sensibilidade e não mais de harmonia com a natureza objetiva, como explicar a existência de consenso em relação às grandes obras de arte? Como compreender o fato de que alguns autores se tornam clássicos e atravessam vários séculos e diferentes civilizações? Obras como a Ária sobre a quarta corda, de Bach, são um exemplo de arte que encontra um consenso praticamente universal. Com a subjetivização da arte, com o nascimento do gênio e do gosto, a antiga filosofia do belo cedeu o lugar à uma estética, a uma teoria dos efeitos produzidos por certas “criações” subjetivas sobre nossa sensibilidade igualmente subjetiva. É justamente isso o que coloca a questão dos critérios, ou da discutibilidade do gosto.

É possível discutir o belo? A questão dos critérios de gosto

Se o gosto é algo puramente subjetivo, como poderia haver consenso, ou pelo menos uma concordância quase geral sobre algumas obras de arte ou da natureza? É praticamente incontestável a beleza natural das praias de Fernando de Noronha ou dos alpes suíços, assim como a beleza artística das obras de Homero, de Shakespeare, de Bach ou das pinturas italianas. Tais obras recebem uma adesão que, se não universal, vão pelo menos muito além das fronteiras de suas épocas e culturas. O próprio Karl Marx menciona tal questão em sua Introdução à Crítica da economia política. Ele afirma: “A dificuldade não reside em compreender que a arte e a epopeia grega estão ligadas a certas formas de desenvolvimento. A dificuldade reside no fato de que elas ainda nos proporcionam prazer artístico e ainda valem, em certo sentido, como norma e padrão inalcançáveis.”

A questão se torna complexa diante do relativismo contemporâneo. Sob influência das ciências sociais, tendemos a considerar tudo como relativo, dependente de época, lugar, classe, gênero e outros determinantes. Fomos progressivamente habituados à ideia de que não existem valores universais, absolutos, eternos. A pós-modernidade é o período de crise do universal, e esta tendência procura fazer caminho também na filosofia. A discussão estética, em caminho inverso, vai no sentido de que é possível argumentar em matéria de arte e tenta encontrar os critérios do belo que parecem insustentáveis ao senso comum.

A discussão estética também apresenta uma característica central comum a toda a filosofia do período moderno: como fundar a objetividade sobre a subjetividade? Aqui se revela mais uma vez a tensão entre o individual e o geral, entre o subjetivo e o objetivo. O consenso entre as obras de arte nos une mais que quaisquer outros assuntos. David Hume observou, com certa ironia, que há menos desacordo sobre a grandeza de Homero ou de Shakespeare do que sobre a validade da física de Galileu ou de Descartes. Como seria isso possível, se ao falar sobre o Belo e sobre o gosto, estamos no próprio coração da subjetividade? Ao final do século XVIII, três grandes respostas foram apresentadas à questão dos critérios do Belo.

A primeira delas, o classicismo francês, é uma herança do racionalismo cartesiano e vai afirmar que o Belo é uma ilustração de uma ideia verdadeira, como uma encarnação de uma verdade da razão na matéria sensível. A universalidade do bom gosto teria uma ligação com um mundo objetivo desvelado pela razão, de modo que o gênio clássico não é tanto aquele que “inventa”, mas o que desvela e descobre, de maneira análoga à atividade científica. O belo, nesta concepção clássica, vem da verdade.

Uma segunda resposta vem do empirismo inglês. Colocando grande ênfase na matéria, ela vai afirmar que a beleza não é somente ilustração de uma ideia verdadeira, de uma verdade da razão, como queria o classicismo. A beleza reside, ao contrário, no próprio objeto concreto que, de forma material, agrada nossos órgãos sensoriais. O consenso sobre as obras de arte seria explicado, nesta perspectiva, pelo fato de que todos os seres humanos possuem os mesmos órgãos sensoriais, e o que agrada a um, deve a agradar a outro, de modo que a concordância quase universal não seria nenhuma surpresa. Algumas das consequências desta posição seriam a retomada da antiga analogia da arte com a culinária, o deslocamento do problema da concordância para a discordância, para a divergência do gosto, e o encastelamento da discussão estética nos domínios dos especialistas, que se tornariam uma espécie de cientistas da área. A proposta do empirismo inglês permanece ligada à ideia clássica de uma objetividade do belo, mas funda esta objetividade não em uma razão universal, como no modelo cartesiano, mas na hipótese de uma estrutura psicobiológica comum a toda a humanidade.

A terceira resposta vem de Kant. Em sua Crítica da faculdade de julgar, o filósofo alemão assenta as bases de uma concepção de gosto que ultrapassa esta oposição entre racionalismo e empirismo. O belo não é nem o verdadeiro, como pensa o classicismo, nem o agradável, como querem os empiristas. Esta nova concepção se ancora justamente no fato socialmente observável de que as pessoas discutem sobre o gosto.

Em matéria de gosto não é possível fazer demonstrações, pois aqui não se trata de ciência ou de verdade. Por outro lado, o que lhe distingue do agradável e, consequentemente, lhe afasta da arte culinária, é a possibilidade de discutir sobre ele, como se fosse possível dar argumentos a favor ou contra um determinado juízo de gosto.

Na perspectiva kantiana o belo é definido como um intermediário entre a natureza e o espírito, entre o inteligível e o sensível, uma reconciliação entre os dois. É como se o sensível, em si, fizesse sinais de si mesmo em direção a significações inteligíveis. É assim como compreendemos, por exemplo, um coral de Bach ou uma sonata de Mozart: podemos compreender a música como uma história que alguém conta a uma criança, com início, desenvolvimento e fim; ela pode ser triste, alegre, calma, tumultuada ou representar qualquer outro estado da alma. Uma sonata, por exemplo, é geralmente explicada como tendo uma estrutura ABA: é como se alguém saísse de casa (A), passasse por uma aventura (B) e depois retornasse ao mesmo local de partida (A), mas ligeiramente modificado, enriquecido, ao invés de apenas repetir o primeiro movimento. A questão, porém, é que conceituamos tudo isso a partir de fenômenos puramente sensíveis, pois a música pura não tem palavras, conceitos, imagens ou representações intelectuais de qualquer sorte. Tudo é material, e mesmo assim este material faz sentido, torna-se inteligível.

A antinomia do gosto

Um dos pontos de partida da análise de Kant é a concepção do senso comum de que “cada um tem seu gosto”. Tal afirmação confunde, no entanto, o belo com o agradável, como se o gosto fosse questão meramente subjetiva, independente da adesão de outros. Uma segunda concepção vulgar que impulsiona sua discussão é a de que “gosto não se discute”. Tal posição parte do pressuposto de que o julgamento de gosto, mesmo que tivesse uma pretensão à universalidade, não seria demonstrável através de provas, apoiadas em argumentos científicos.

A essas duas opiniões concorrentes ele acrescenta ainda outra, descoberta tanto pelo classicismo quanto pelo empirismo: “gosto se discute”. Esta não contradiz a anterior, de que “gosto não se discute”, pois há uma diferença entre uma disputatio  – argumentação científica para a demonstração conceitual – e uma discussão no sentido de Streit, que visa tão somente a um acordo hipotético e frágil em relação a um objeto belo. Por outro lado, a ideia de discussão se opõe à primeira questão colocada, pois se cada um tem seu gosto, mas é possível, ao mesmo tempo, discutir o gosto, isso significa que o indivíduo precisa transcender sua esfera monádica do cogito, da subjetividade individual.

A terceira crítica de Kant tentará resolver esta questão em passos fenomenológicos: trata-se de descrever as contradições realmente existentes pela consciência estética para incitar à reflexão. Considerando que a reflexão é algo individual, encontrada no próprio sujeito, fica o sentimento íntimo de que é impossível demonstrar a validade de nossos julgamentos estéticos e, portanto, de legitimamente discuti-los. Mantemos mesmo assim a esperança, em qualquer discussão estética, de que nossa experiência não será totalmente estranha à outra pessoa e que seremos compreendidos, tendo em vista que ambos somos seres humanos. O julgamento de gosto se manifesta através de uma visão comunicativa intersubjetiva, através de um alargamento tanto do objeto, quanto do sujeito.

O fato de que discutimos a experiência estética é índice de que a consideramos comunicável. Ao contrário da discussão culinária ou sobre o artesanato, a discordância nesta área leva a um verdadeiro diálogo. Se um indivíduo não gosta de sorvete de morango, não há mais conversa sobre o assunto. Se ele afirma, por outro lado, que a música de Bach não é bela, a situação é outra. Mesmo que a experiência estética não seja fundada em conceitos científicos, ou que a comunicação a que ela induz jamais seja garantida, a questão é que discutimos sobre o gosto. A estética, enquanto disciplina filosófica, investiga como isso é possível e quais são os critérios do belo e do gosto. 

O juízo de gosto, na posição de Kant, se funda sobre um conceito indeterminado, de modo que sua solução do problema vai neste sentido: a beleza evoca as Ideias da razão, presentes em todos os seres humanos, e por isso ela pode transcender a subjetividade particular e suscitar um senso comum. O objeto belo é, ao mesmo tempo, sensível e intelectual, é a reconciliação contingente da natureza e do espírito, e fruto da própria natureza.

O belo, o bom e o agradável

Kant afirma que para decidir se um objeto é belo ou não, nossa representação não se relaciona ao objeto através do entendimento para conhecê-lo, mas ao próprio sujeito através da faculdade de imaginação e também do sentimento de prazer ou desprazer do mesmo. O juízo de gosto não é um juízo de conhecimento, ou lógico, mas sim estético.

O Agradável (Angenehme), o Belo e o Bom designam três diferentes relações da representação quanto ao sentimento de prazer ou desprazer, em relação ao qual nós distinguimos objetos, ou tipos de representações, uns dos outros.

Agradável é aquilo que causa prazer; belo é aquilo que simplesmente agrada; bom é aquilo que é avaliado, calculado, no qual um valor objetivo é colocado. A agradabilidade se aplica também a animais irracionais; a beleza, apenas para seres humanos (seres que possuem razão e também sensibilidade, excluindo-se, por exemplo, espíritos, que teriam razão, mas não sensibilidade), e o bom vale para todo ser racional em geral (aqui poderíamos incluir seres como espíritos, dotados de razão, mas sem sensibilidade).

Destas três formas de regozijo (Wohlgefallen), de satisfação interior em relação ao objeto, apenas o gosto pelo belo é desinteressado, pois nem os sentidos e nem a razão o impelem a nada. É o que não acontece quando alguém está com muita fome, por exemplo, e por isso o ditado: “a fome é o melhor cozinheiro”. Quem tem muita fome, come qualquer coisa que seja comestível, e por isso podemos avaliar quem de fato tem bom gosto ou não apenas quando a necessidade está satisfeita.

Quando alguém diz que algo lhe agrada, isso deve ser entendido apenas em referência à sensibilidade do indivíduo, sem validade universal. Uma pessoa pode gostar de vinho, enquanto outra prefere champagne; outra pode gostar mais do som do violino, e outra, mais do som da flauta. A partir daí, no entanto, ter a intenção de criticar outra pessoa, que discorda de nós, como se seu juízo fosse errado ou logicamente inválido, seria tolice, afirma Kant. Neste sentido é correta a afirmação de que “cada um tem seu gosto”, quando nos referimos unicamente aos sentidos.

Com o belo a situação é diferente. Quando um indivíduo gosta de algo, como por exemplo uma bela catedral medieval, uma bela peça de roupa, um belo concerto ou um belo poema, ele não precisa chamar estas coisas de “belas”. Kant afirma que não é necessário chamar de belo algo que simplesmente nos agrada. Quando alguém chama algo de belo, no entanto, ele julga não apenas para si mesmo, mas para todos. Ele espera que todos sintam a mesma agradabilidade que ele sente. Ele fala da beleza como se fosse uma propriedade do objeto, e quando diz “isso é belo”, espera que outros concordem. Neste sentido seria errado dizer que “cada um tem seu gosto”.

É necessário também distinguir o agradável do bom. No que diz respeito ao juízo estético, não podemos dizer que algo seja bom, como é comum nas expressões “esta música é muito boa” ou “este livro é muito bom”. O que chamamos de bom, em geral, pode ser ou um meio para alguma coisa, ou um fim em si mesmo. Em ambos os casos temos o conceito de uma finalidade, ou a relação da razão com um querer, um objetivo que está no ser de um objeto ou de uma ação.

Para dizer que algo é bom, precisamos saber que tipo de coisa aquele objeto deveria ser, precisamos de seu conceito. Para encontrar beleza, no entanto, isso não é necessário. Flores ou desenhos livres, por exemplo, não possuem nenhum significado, mas agradam mesmo assim. Dizendo de outra forma, o bom depende de um conceito. Um exemplo de como o agradável se distingue do bom seria um remédio amargo: podemos dizer que determinado remédio é bom, tendo em vista que cumpre sua finalidade de restaurar a saúde, mas não agrada meus sentidos, minha sensibilidade. Por outro lado, poderíamos também dizer que determinados alimentos, principalmente industrializados, são agradáveis ao nosso paladar, mas não são bons se considerados tendo em vista a manutenção de nossa saúde.

É neste sentido que devemos manter a distinção nos juízos estéticos. Dizer que algo nos agrada não é o mesmo que dizer que algo é belo ou bom. Ao dizer que algo nos agrada, estamos restritos à nossa sensibilidade. Ao chamar algo de belo, pressupomos a concordância de outros e esperamos que tenham a mesma experiência que nós. E para dizer que algo é bom, precisamos de um conceito.

Glauber Ataide
Mestre e bacharel em Filosofia (UFMG)

REFERÊNCIAS

FERRY, Luc. Kant: une lecture des trois „Critiques”. Paris: Editions Bernard Grasset, 2006.
KANT, Immanuel. Kritik der Urteilskraft. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2017.

Todas as fotos por Glauber Ataide, França, 2021.

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