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Filosofia para a vida: refletir para viver melhor


O principal objetivo deste curso é resumido por seu subtítulo: um retorno à filosofia como terapia para a alma. Sócrates afirmava que a filosofia não era mais que uma preparação para a morte, o que implica uma vida dedicada à reflexão, ao conhecimento de si mesmo e à temperança. Todas as escolas filosóficas gregas surgidas no período do helenismo, tais como a cirenaica, a cínica, a estoica e a epicurista, ligam-se a um aspecto ou outro da filosofia de Sócrates, e a partir delas temos uma concepção de filosofia que busca não apenas investigar o mundo, mas também orientar a prática por uma vida feliz e satisfatória.

Nos últimos séculos, todavia, a filosofia se afastou cada vez mais deste aspecto prático. Os filósofos abriram mão de um lugar importante na sociedade ao se encastelarem nas universidades escrevendo quase sempre apenas obras que, além de muito complexas, versam sobre temas que pouco interessam aos não-iniciados em filosofia. Comparemos esta situação com a de Aristóteles, por exemplo, que foi preceptor de Alexandre, o Grande. Ou então Sêneca, o qual não apenas educou pessoalmente o imperador romano Nero, mas também escreveu inúmeras cartas nas quais oferecia consolo filosófico individual a quem precisava. Esta função do filósofo na vida prática acabou se perdendo, de modo que estes hoje não andam mais pelas praças públicas questionando os outros, como o fazia Sócrates. Um dos objetivos de nosso curso é justamente trazer a filosofia de volta a todos aqueles que buscam viver de maneira mais satisfatória. É necessário não perder de vista, no entanto, que ambas as formas de fazer filosofia são essenciais e complementares, de modo que uma não deve ser reduzida à outra. Nosso diagnóstico não está sugerindo que a filosofia acadêmica seja abandonada, mas tão somente que devemos recuperar a filosofia também enquanto medicina para a alma.

Tal caracterização da filosofia enquanto medicina para a alma vem de Epicuro. O filósofo grego traçava uma analogia e afirmava que assim como a medicina de nada serviria se não curasse o corpo, tampouco a filosofia teria alguma utilidade se não curasse a alma. A filosofia tem, portanto, pelo menos este objetivo a cumprir – curar a alma -, sendo mais do que apenas a busca desinteressada pela verdade. A filosofia era vista na antiguidade como consoladora e capaz de auxiliar o indivíduo atribulado, perseguido, angustiado, injustiçado e, em alguns casos, até mesmo preso e condenado à morte. É o que vemos, por exemplo, na obra Consolação da filosofia, de Boécio. Publicada no ano 524 d.C., esta obra apresenta a filosofia personificada como uma mulher e conversando com o autor preso e condenado à morte, revelando um aspecto importante da atividade filosófica. 

Nossos tempos precisam de filosofia cada vez mais. Vivemos hoje na chamada “sociedade do terapismo”, na qual questões meramente existenciais são tratadas como casos patológicos e onde psiquiatras são questionados sobre o sentido da vida. Nem todo sofrimento é doença, de modo que em muitos casos o auxílio de um filósofo é mais adequado do que o de um médico. Há doenças que provocam dores físicas, mas há dores da alma que não são oriundas de nenhuma enfermidade, mas simplesmente de nossa condição humana. Por outro lado, há também doenças silenciosas que não provocam dor alguma, de onde se segue que é um erro tratar qualquer sofrimento como patológico.

Nosso principal objetivo com este curso, portanto, é apresentar reflexões que lhe ajudem a encarar diversas situações de sua vida de uma outra perspectiva, levando você a um exame profundo não apenas de sua própria alma, no sentido grego da palavra psyché, mas também de seu lugar no mundo e de suas relações com os outros. Não temos o objetivo de oferecer respostas definitivas, e isso por duas razões: primeiro porque isso não seria mais filosofia, a qual consiste em abertura e investigação incessante; e em segundo lugar pelo fato de que cada indivíduo é único, de modo que apenas você pode encontrar as respostas que procura. Neste sentido, nosso curso cumpre apenas a função de provocar suas próprias reflexões filosóficas.


Crítica da religião: Feuerbach, Nietzsche e Freud


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Por que estudar a religião? 

A religião é parte da cultura. Mais de 6,5 bilhões  de pessoas no mundo possuem alguma religião ou acreditam em algum deus ou força superior, sendo o número de crentes muito superior ao de ateus . Então o filósofo, enquanto crítico da cultura, não pode, por isso, passar ao largo das questões religiosas, pouco importando se pessoalmente acredita em Deus ou não. Assim como qualquer outra criação humana, as religiões também são objeto da investigação filosófica, e não estudar o fenômeno religioso significa não compreender um dos aspectos mais importantes da existência humana.

Objetivo do curso

Neste curso abordaremos a religião de maneira crítica, a partir de três pensadores fundamentais: Ludwig Feuerbach, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud. O objetivo deste curso introdutório é fornecer uma base sólida para facilitar sua leitura e compreensão de três obras: A essência do cristianismo, de Ludwig Feuerbach; O anticristo, de Friedrich Nietzsche; e O futuro de uma ilusão, de Sigmund Freud. Isso significa que o curso não consiste apenas em assistir os vídeos, mas exige de você a leitura destes textos para que sua experiência seja completa. Com exceção da obra de Feuerbach, o curso aborda a leitura integral dos textos.

Pré-requisitos

Quais são os pré-requisitos para fazer este curso? Em primeiro lugar é indispensável que você tenha abertura para debater questões intelectuais de maneira equilibrada e apresente também tolerância ao contraditório, principalmente se você possui alguma religião ou acredita em Deus. Se você for uma pessoa muito sensível, que se ofende facilmente quando suas crenças são criticadas, não recomendo que você faça este curso, tendo em vista principalmente que a forma como Nietzsche escreveu O anticristo, por exemplo, foi exatamente para chocar.

Em segundo lugar é necessário o seu empenho para ler os textos. Este curso não estará completo se você não passar pela experiência de ler os autores abordados, pois nosso objetivo é facilitar a leitura e a compreensão das obras, e de maneira alguma tentar substituí-las. Isso é tudo o que é exigido de você para fazer este curso. Se você tem abertura e equilíbrio para fazer filosofia e está disposto a ler os textos, então você já tem tudo o que é necessário para fazer este curso.

É desejável também que você já tenha algum contato prévio com textos de filosofia. Este não é exatamente um pré-requisito, como os anteriores, mas se você nunca leu um texto clássico de filosofia antes, seria aconselhável, por exemplo, fazer meu curso Introdução à filosofia: dos pré-socráticos a Sartre. Veja bem que isso não é exatamente um pré-requisito, mas apenas desejável, tendo em vista que a seção sobre Feuerbach, por exemplo, é um pouco mais exigente e abstrata, mas mesmo Nietzsche também faz diversas referências a problemas ou discussões filosóficas. Quanto mais bagagem filosófica trazemos para o curso, maior a nossa compreensão do conteúdo.

Quais religiões estudaremos?

Ainda uma palavra quanto ao conteúdo do curso. Basicamente a única religião abordada é o cristianismo, e isso por duas razões: escopo e relevância. Quanto ao escopo, isso significa que é necessário estabelecer um recorte que garanta a exequibilidade do programa, pois uma ementa que contemplasse diversas religiões ou muitos filósofos seria extensa e confusa. Há outros filósofos que também se dedicaram a este tema, mas nossa intenção é abordá-los posteriormente, em uma possível continuação deste curso. 

E no que diz respeito à relevância, cabe lembrar que estamos estudando filósofos que viveram em países cuja religião preponderante é o cristianismo. Escrever sobre o hinduísmo, por exemplo, em um país no qual esta religião é pouco praticada, não passa de uma curiosidade intelectual ou acadêmica, e não era este o objetivo destes autores. Eles queriam debater questões que fossem relevantes em sua própria história e cultura.


A filosofia de Karl Marx: uma introdução

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Objetivos do curso

O objetivo deste curso é oferecer uma introdução à filosofia de Karl Marx. Isso significa que iremos fazer um recorte da obra de Marx para abordar o que é especificamente de interesse filosófico, não estando em nosso escopo outras áreas de seu pensamento.

Vamos analisar alguns temas gerais, que você pode conferir em nossa grade, e também ler e interpretar alguns textos específicos que tratam de questões filosóficas clássicas, tais como a existência de Deus, a religião como ópio do povo, consciência de classe e a efetivação da filosofia.

Note bem o nome do curso: A filosofia de Karl Marx: uma introdução. Isso deixa claro que este não é um curso sobre marxismo, pois isso envolveria várias outras áreas além da filosofia, tais como economia e história, e também exigiria a abordagem de vários outros pensadores desta tradição. O marxismo é uma corrente de pensamento que tem início nas obras de Marx, mas vai muito além dele.

Para quem é este curso

Este curso é para iniciantes que desejam uma introdução aos aspectos filosóficos do pensamento de Karl Marx.

Há algum pré-requisito?

É desejável alguma familiaridade com a história da filosofia. Se você já fez nosso curso Introdução à filosofia: dos pré-socráticos a Sartre, você está melhor preparado para este.

Quem oferece este curso

Meu nome é Glauber Ataide, tenho mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e me graduei em Filosofia também pela UFMG. Moro em Nuremberg, na Alemanha, de onde todo este curso foi produzido.


Introdução à filosofia: dos pré-socráticos a Sartre


Estão abertas as inscrições para o curso Introdução à filosofia: dos pré-socráticos a Sartre.

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  • Objetivos do curso
    • Oferecer uma visão geral dos principais períodos da história da filosofia e de seus principais nomes;
    • Propiciar contato direto com textos dos principais filósofos, de modo que que você possa posteriormente estudar por conta própria.
  • Para quem é este curso 
    • Iniciantes que buscam uma introdução geral à história filosofia;
    • Iniciantes que querem ler, pela primeira vez, obras de grandes filósofos;
    • Iniciantes que buscam sistematizar e integrar em um todo coerente informações parciais e avulsas que já possuem sobre filosofia.
  • Há algum pré-requisito?
    • Não há nenhum pré-requisito além de vontade de ler os textos indicados. 
  • Quem oferece este curso
    • Meu nome é Glauber Ataide, sou mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e bacharel em Filosofia também pela UFMG. Moro em Nuremberg, na Alemanha, de onde todo este curso foi gravado.

Este curso é como uma viagem no tempo. Descartes afirma em seu Discurso do método que “a leitura de todos os bons livros é igual a uma conversação com as pessoas mais qualificadas dos séculos passados, que foram seus autores, e até uma conversação premeditada, na qual eles nos revelam tão-somente os melhores de seus pensamentos”. Algumas linhas depois ele afirma: “Pois quase o mesmo que conversar com os de outros séculos, é o viajar.” 

Este curso, portanto, é como uma viagem, é uma conversa com as principais mentes da história da filosofia ocidental. Levei nove meses para desenvolver este curso, e assim como foi um prazer, para mim, percorrer mais de 2.500 anos de história e conversar com as mais brilhantes mentes da filosofia ocidental, tenho certeza que para você também será uma experiência incrível e extremamente enriquecedora.







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