O demônio venceu em “O exorcista” – comentário sobre o livro de William Peter Blatty

Livros são sempre mais interessantes que suas adaptações em filmes, diz o clichê. Confirmei esta regra mais uma vez ao ler a obra O exorcista , de William Peter Blatty, e compará-lo com a película agora disponível também em versão Blu-ray. A obra se desenvolve num ritmo gradual e cativante. De fato, fazia tempos que não terminava um livro tão rápido. Logo nas páginas iniciais já presenciamos as primeiras manifestações sobrenaturais, o que prende nossa atenção enquanto a trama é cuidadosamente elaborada. Blatty se esforça para que a história pareça razoável. Quem acreditaria, afinal, em exorcismo em pleno século XX? Certamente não a ateia Chris McNeil, mãe da garota possuída, e nem mesmo o padre psiquiatra que participará do exorcismo, Demien Karras. Para fazer um exorcismo seria preciso, antes de tudo, pegar uma máquina do tempo e voltar para o século XVI, afirma o cético religioso. Como a história se passa, todavia, no século XX, é a ciência quem deve explicar o que está acontecendo c...