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Mostrando postagens de julho, 2015

Nietzsche - uma filosofia para ruminar

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À primeira vista, parecem ser supérfluas as indicações acerca de como se deve ler Nietzsche. Nenhum filósofo alemão escreveu textos tão acessíveis como ele. Walter Kaufmann, o expressivo intérprete e tradutor americano de Nietzsche (em seu livro ``Nietzsche, Filósofo, Psicólogo, Anticristo") considerou que: ``cada uma de suas frases e cada um de seus escritos dão muito menos trabalho do que os intrincados períodos, redigidos numa terminologia especial, de Kant e Hegel, até mesmo de Schopenhauer." Kaufmann acrescenta todavia: ``Os livros de Nietzsche se deixam ler mais facilmente (...) mas se deixam mais dificilmente compreender." Com isso ele se liga a Karl Jaspers, que constatou: ``Enquanto que para a maior parte dos filósofos é de se temer que, ao invés deles mesmos, leiamos livros sobre eles, com Nietzsche o perigo consiste em lê-lo mal, porque ele parece facilmente acessível." Jaspers escreveu essa frase em seu livro sobre Nietzsche de 1935, e com iss...

Para que serve a filosofia?

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Desta vez, ao invés de um texto, vamos conversar através de um vídeo. É o primeiro que gravo para este blog, depois de tantos anos. Vamos tentar descobrir para que serve a filosofia, qual a sua utilidade?

The gospel according to Judas - National Geographic

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Compartilho abaixo para download o documentário O evangelho segundo Judas , produção da National Geographic. (Legendas apenas em inglês.) "Ele é um dos homens mais odiados da história: Judas Iscariotes, o apóstolo que traiu Jesus. Durante séculos, seu nome significou deslealdade e trapaça. Mas esta imagem pode mudar. Escondido por quase duzentos anos, um evangelho ancestral emerge das areias do Egito e conta uma versão muito diferente sobre os últimos dias de Jesus, questionando o retrato de Judas como o "apóstolo do mal". Junte-se a National Geographic e a um time de investigadores bíblicos enquanto eles exploram a história deste extraordinário texto e seu significado religioso. Começou a corrida para determinar a autenticidade deste documento, reunindo seus pedaços antes que suas delicadas páginas se transformem em pó. Com dramatizações de qualidade cinematográfica e análises profundas de alguns dos maiores especialistas do mundo, O Evangelho Segundo Judas revel...

O tempo nas "Confissões", de Santo Agostinho

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Uma das mais conhecidas abordagens sobre o tempo na história da filosofia é a de Santo Agostinho. À pergunta “que é, pois, o tempo?”, Agostinho responde, em suas Confissões: “Se ninguém mo perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei.” (AGOSTINHO, 1980, p. 265)  Para Agostinho, a dificuldade reside não apenas em exprimir ou traduzir por palavras o seu conceito, mas também em apreendê-lo no próprio pensamento. As três divisões do tempo em passado, presente e futuro não constitui nenhum problema na vida cotidiana. Todos se entendem perfeitamente em relação ao tempo e sua passagem. Mas a conceituação do problema em sua forma clássica e socrática, perguntando “o que é isso?”, constitui um problema filosófico insuperável para o filósofo de Hipona. Uma das questões mais importantes na discussão de Agostinho é sobre a existência do passado e do futuro. Se o passado já não existe e o futuro ainda não veio, de que modo existem estes dois tempos? ...