O Complexo de Édipo, pedra fundamental do edifício psicanalítico


O complexo de Édipo é considerado a pedra fundamental do edifício psicanalítico. Seu nome foi retirado do mito grego do rei Édipo, o qual recebeu um oráculo profetizando que ele mataria seu pai e se casaria com a sua mãe.  Mesmo tomando todas as providências para que a profecia não se cumprisse, ele acabou um dia matando um homem, descobrindo posteriormente que era seu pai, e depois se casou com uma mulher, sem saber que era sua própria mãe. Quando a verdade lhe foi revelada, ele furou seus próprios olhos e fugiu em vergonha para o exílio.

O objetivo deste conceito psicanalítico é basicamente explicar como se forma a nossa sexualidade e como alguém se torna neurótico. Ele descreve um conjunto de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos seus pais, os quais se manifestam de maneira tanto positiva, quanto negativa. Em sua forma positiva, ele se apresenta como na história do Rei Édipo: desejo pela morte do rival do mesmo sexo, e desejo sexual pelo progenitor do sexo oposto. Em sua forma negativa, ele é o amor pelo progenitor do mesmo sexo e um ódio invejoso por aquele do sexo oposto.

Uma vez que compreendemos este conceito, não é difícil identifica-lo na cultura popular. Sua expressão mais clara encontra-se, sem dúvida, na tragédia grega de Sófocles, mas outro grande exemplo está em Hamlet, de Shakespeare. Além disso, o fato de algumas mulheres chamarem seus parceiros de papito, em espanhol, ou daddy, em inglês, não é de forma alguma inocente ou casual, mas encontra raízes inconscientes mais profundas e relacionadas ao complexo de Édipo.

Antes de mais nada, precisamos esclarecer que o complexo de Édipo é uma lenda. Não no sentido de que seja falso, mas sim como uma certa forma de explicar a origem da sexualidade humana que vai muito além de nosso ser biológico . Ele é também uma fantasia, um mito e um conceito que descreve a realidade, tudo ao mesmo tempo. Tendo em vista essas considerações, comecemos com um breve resumo da tragédia grega, para em seguida explicar como se desenvolve o complexo de Édipo nos meninos e também nas meninas.

A tragédia de Édipo em Sófocles


Sófocles foi um dos principais escritores gregos. Nascido em 496 a.C., ele escreveu mais de cem tragédias, mas apenas sete delas chegaram até nós. Algumas de suas principais obras são Édipo Rei e Antígona.

Édipo Rei é o arquétipo de uma tragédia. Ela mostra um herói sob o fardo de um destino que ele não quer aceitar, mas do qual também não pode escapar. Grande parte da peça se passa no que chamamos hoje de flashbacks, de modo que os principais eventos da trama já aconteceram e os personagens devem apenas desvendar, revelar o passado a fim de esclarecer questões do presente.

Uma praga assola a cidade de Tebas. Creonte, irmão da rainha Jocasta e esposa de Édipo, traz a palavra dos deuses dizendo que a morte de Laio, o rei anterior a Édipo, deve ser vingada a fim de que a praga cesse. A questão é que ninguém sabia quem havia matado o rei, e então Édipo decide assumir a responsabilidade da investigação.

Édipo conta então como ele veio a se casar com Jocasta e suceder Laio. Ele busca o auxílio do adivinhador Tirésias, o qual vê coisas horríveis que ele não gostaria de revelar. Após alguma insistência, ele finalmente revela que o próprio Édipo é o assassino, o qual inicialmente resiste a esta interpretação e pensa que tudo faz parte de um complô organizado por Creonte, seu cunhado.

Jocasta inicialmente também recusa a revelação do vidente. Ela afirma que às vezes os adivinhadores erram, e que seu ex-marido Laio foi assassinado por ladrões comuns. Durante seu relato, no entanto, Édipo começa a suspeitar que ele realmente pode ter assassinado seu próprio pai. Ele conta que, ao ser chamado de “bastardo” certa vez, ele começou a duvidar da identidade de seus pais e fugiu, e no caminho matou um homem desconhecido.

Um mensageiro de Corinto surge então para anunciar a morte de Políbio, o homem que Édipo acreditava ser seu pai. Ele também revela, no entanto, que este não era seu pai verdadeiro, mas que Édipo havia sido dado a ele, ainda criança, por um pastor do rei Laio, e então entregue ao seu pai de criação. Jocasta compreende tudo ao ouvir tal relato, e exclama: “Oh, Édipo, Deus lhe ajude! Que Deus não lhe permita descobrir quem você é!” A trama então se revela: quando Édipo nasceu, um oráculo afirmou a Laio que ele pereceria pelas mãos de seu próprio filho. A fim de evitar este destino, ele ordenou à sua esposa Jocasta que matasse a criança. Não sendo capaz de fazê-lo, ela ordenou que um pastor o fizesse, mas este também sentiu pena e não cumpriu a ordem, de modo que Édipo acabou chegando ao rei Políbio, que o criou como seu próprio filho. 

Édipo era então filho de Jocasta, mas sem saber, acabou se casando com ela, e anteriormente já havia também matado seu pai como um estranho na rua, sem saber quem era. Édipo Rei é uma tragédia típica do pensamento grego, mostrando que aquilo que tiver que acontecer, irá acontecer, sendo impossível fugir do destino.

O complexo de Édipo nos meninos


A partir dos três anos de idade, os meninos focalizam o seu prazer sobre o pênis. Este se torna, neste momento, a parte do corpo mais rica em sensações e se impõe como a zona erógena dominante. Por volta dos quatro anos, este órgão se torna também o objeto mais amado e o que reclama mais atenções, de modo que o culto ao pênis, característico dessa idade, o eleva ao nível de símbolo de poder e de virilidade. Quando o pênis se torna, aos olhos de todos – meninos e meninas –, o representante do desejo, ele recebe o nome de falo, o qual não é o pênis enquanto órgão, mas um pênis fantasiado, idealizado, símbolo da onipotência.

Excitado sexualmente, o menino de quatro anos vê surgir dentro de si uma força misteriosa, até então desconhecida: o impulso de se dirigir ao outro, ou, mais exatamente, de se dirigir aos corpos de seus pais para ali encontrar prazer. Este é um desejo sexual, mas cabe aqui desfazer um mal entendido muito comum. Na psicanálise, tudo o que é genital é sexual, mas nem tudo o que é sexual é genital. Este desejo sexual do menino em direção a seus pais não é um desejo exclusivamente genital pelo fato de ser sexual.

Os três movimentos fundadores desse desejo do menino são: 1) desejo de possuir o corpo do outro, 2) desejo de ser possuído e 3) desejo de suprimir. Sem ser possível atingir a satisfação desses três desejos incestuosos – obter o gozo absoluto de possuir o corpo da mãe; ser possuído pelo pai (ser sua coisa e fazê-lo gozar); e o gozo absoluto de suprimir o pai –, o menino cria fantasias  que lhe dão prazer ou angústia, mas que, de toda forma, satisfazem imaginariamente seus desejos.

Nessa idade, o menino tem uma visão do corpo nu feminino, desprovido de pênis. Ele, que antes pensava que todas as pessoas no mundo possuíam um falo, percebe agora que existem seres castrados. Surgem então as fantasias de angústia, pois, se existem seres que não possuem pênis, ele também pode perder o seu. Essas fantasias de angústia são: 1) o medo de ser castrado pelo pai repressor; 2) o medo de ser castrado pelo pai sedutor, e; 3) o medo de ser castrado pelo pai rival.

Dessa angústia de castração vem a resolução da crise edipiana, que consiste em três etapas: a) recalcamento dos desejos; b) renúncia aos pais como objeto de desejo, e; c) incorporação dos pais como objeto de identificação. Ele deve fazer uma escolha: ou salva o seu falo-pênis ou fica com a sua mãe. Por causa do medo de perder seu falo-pênis, ele renuncia aos pais como objetos sexuais e recalca os seus desejos inconscientes.

Duas consequências decisivas ocorrem na estruturação da personalidade do menino ao fim do complexo de Édipo: o surgimento de uma nova instância psíquica, o superego, e a confirmação de uma identidade sexual nascida por volta dos dois anos de idade e afirmada mais solidamente após o fim da puberdade.
O superego é instituído devido a um gesto psíquico surpreendente: o menino, ao renunciar aos pais como objeto sexual, os incorpora como objetos do seu eu. Na impossibilidade de tê-los como parceiros sexuais, promete inconscientemente ser como eles em suas ambições, fraquezas e ideais. 

A identidade sexual é instalada progressivamente pelo seu contexto familiar, social e linguístico, assim como pelas sensações erógenas que emanam de seu genital e a atração pelo progenitor de sexo oposto. Antes do Édipo, a criança ainda não sabe dizer se é menino ou menina, que o pai é um homem e a mãe uma mulher. É só na puberdade que essa identidade vai se consolidar.

O complexo de Édipo nas meninas


O complexo de Édipo se desenvolve de forma um pouco diferente nas meninas. Elas passam primeiramente por uma fase pré-edipiana, de modo que enquanto um menino de quatro anos tem três desejos incestuosos – de possuir, de ser possuído e de suprimir o outro –, a menina tem apenas um: o de possuir a mãe.

Neste período, ela julga deter, assim como um menino, um falo, e se sente onipotente. Um evento crucial, no entanto, ofuscará o orgulho da garotinha: ela verá o corpo nu masculino, dotado de um pênis, e verá que o menino possui algo que ela não tem. A reação da menina é de decepção: “Ele tem algo que eu não tenho!”. Até então, fiava-se em suas sensações de poder vaginal e clitoridiano, que a confortavam em seu sentimento de onipotência. Agora que viu o pênis, duvida de suas sensações, e julga que o poder está no corpo do outro, no sexo masculino. A menina vê-se assim dolorosamente despossuída, pois o centro da força não é mais encarnado por suas sensações erógenas, mas pelo órgão visível do menino.

Ela sofre então com a dor de ter sido privada do falo. Enquanto o menino sente a angústia de castração, a menina vive a dor de uma privação, de uma perda. Lembrem-se que o que levou o menino à resolução do Édipo foi a angústia de castração, o medo de perder o falo. A menina, por sua vez, constata que ela não tem o falo, não tendo nada a perder, de modo que enquanto o menino sofre uma angústia, a menina sofre uma dor real, a de ter sido privada de algo que ela julgava possuir. Ela sente-se então enganada pela sua mãe, a qual teria mentido para ela sobre possuir um falo, sendo que ela própria, a mãe, também não o possui. Uma mãe desprovida de falo, assim como ela, e que merece agora apenas desprezo. É nesse exato momento que a menina, despeitada, esquiva-se da mãe, e em sua solidão, fica furiosa por ter sido privada e enganada.

Ao constatar o falo no menino, com seu orgulho ferido, ela sofre, sente-se lesada em seu amor-próprio e reivindica o que acha que lhe é de direito: “Quero esse falo de volta e o terei nem que o tenha que arrancar do menino!”. A menina é então presa de um sentimento que a psicanálise chama de inveja do pênis, mas J.D.-Nasio prefere chamar de inveja do falo. Este termo enfatizaria melhor o fato de que a menina inveja não o órgão peniano do menino, mas o símbolo de potência por ele encarnado. Uma coisa é invejar o falo, outra bem diferente é desejar o pênis de um homem. Vale ainda ressaltar que inveja não é desejo, e para que uma menina venha a desejar um pênis, é necessário primeiro se tornar mulher, isso é, resolver o Édipo após sexualizar e dessexualizar o seu pai.

Entra em cena agora a figura do pai, o grande detentor do falo. É quando a garotinha magoada e ciumenta se volta para ele a fim de reivindicar seu poder e sua potência, a fim de se tornar tão forte quanto ele e ter de volta aquilo que perdeu. O pai, no entanto, lhe fala: “Não, nunca lhe darei o falo, pois ele pertence à sua mãe!”. Claro que nenhum pai diz isso literalmente à filha; este é um pai caricatural, fantasiado. Se um pai tivesse que realmente dizer algo a um pedido desses, ele afirmaria apenas o seguinte: “Não posso lhe dar o falo, simplesmente porque esse falo não existe! O falo que você me pede é um sonho, uma quimera de criança!”.

Essa recusa do pai é recebida pela filha como uma bofetada que põe fim a toda esperança de um dia possuir o mítico falo. Ela acaba de compreender que nunca o terá, mas mesmo assim não se resigna. Ela lança-se agora com todas as forças nos braços do pai, não mais para lhe arrancar o poder, mas para ser ela mesma a fonte do poder. Ela queria inicialmente ter o falo, mas agora busca ir além e ser o próprio falo, ser a coisa do pai.

Em virtude da primeira recusa paterna, surge agora o desejo incestuoso de ser possuída por ele, de ser o falo do pai. Quando era invejosa, adotava uma atitude masculina; agora que é desejante, adota uma postura feminina, sexualiza o pai e entra efetivamente no Édipo. Uma das frases mais comuns expressas por meninas e que ilustra o desejo edipiano de ser possuída pelo pai é aquela clássica: “quando crescer, vou me casar com o papai”.

Essa entrada no Édipo é também o momento em que a mãe, após ter sido afastada, volta à cena e fascina a filha por sua graça e feminilidade. A menina reaproxima-se da mãe e identifica-se com ela, de modo que seu comportamento edipiano se inspira completamente no ideal feminino encarnado por ela. É nessa fase que as meninas adoram observar a mãe se maquiando ou se embelezando, e passam a aprender como seduzir um homem. Além de um ideal, a mãe é também uma grande rival, e aqui acontece o primeiro movimento de identificação da filha com o desejo da mãe: o de ser a mulher do homem amado e dar-lhe um filho.

O pai, que antes recusou dar o falo à filha, recusa agora tomá-la como objeto sexual e a considerá-la seu falo. Depois que a primeira recusa –  “Não lhe darei meu falo!” – permitiu à menina se reaproximar da mãe e com ela identificar-se, a segunda – “Não a quero como mulher!” – leva a filha a identificar-se com a pessoa do pai.

Ocorre aqui então um fenômeno curioso, mas extremamente saudável no Édipo feminino: uma vez que a menina não pode ser o objeto sexual do pai, ela quer ser então como ele. “Já que você não quer saber de mim como mulher, então vou ser como você!”. A menina aceita recalcar o seu desejo de ser possuída pelo pai, sem com isso renunciar à sua pessoa. Enquanto o menino edipiano resigna-se a perder a mãe por covardia, a menina, por sua vez, que nada mais tem a perder, obstina-se audaciosamente a se apoderar do pai. Ela mata seu pai fantasiado, mas o ressuscita como modelo de identificação. Identificada com os traços masculinos do pai após ter se identificado com os traços femininos da mãe, a menina enfim abandona a cena edipiana, abrindo-se agora para os futuros parceiros de sua vida como mulher.

As duas identificações constitutivas da mulher – identificação com a feminilidade da mãe e com a virilidade do pai – foram desencadeadas por duas recusas do pai: recusa de dar o falo à filha e recusa de tomá-la como falo.

Um complexo universal


O complexo de Édipo é um conjunto de sentimentos contraditórios. Mães e pais são amados, desejados e odiados ao mesmo tempo, quase sempre de maneira inconsciente. Freud chegou à formulação deste conceito a partir dos relatos de sedução de seus pacientes adultos, os quais eram rememorados como cenas reais que, no curso da análise, se mostravam como fantasias inconscientes. Toda lembrança da infância é uma reinterpretação do que realmente aconteceu, e por isso podemos afirmar que o Édipo é um fantasma, uma fantasia sexual forjada pelas crianças para aplacar seu desejo.

Claro que elas não conceitualizam toda esta experiência exatamente como nós, adultos. Os diálogos, as afirmações e os pensamentos que atribuímos às crianças ao longo deste texto podem parecer exageradas, já que com algumas poucas exceções, nunca as ouvimos expressando nada disso de maneira literal. A questão não poderia ser de outra forma, já que o mundo da criança, na maioria de seus aspectos, é bem diferente do nosso. Os mesmos objetos ou pessoas representam coisas distintas para os grandes e para os pequenos, de modo que ao tentarmos traduzir em uma linguagem adulta os desejos e as sensações de criancinhas entre três e cinco anos de idade, parecemos ultrapassar os limites do razoável ou do aceitável.

Poderíamos ainda nos perguntar sobre a universalidade do Édipo. E quanto às crianças que crescem sem a figura paterna ou materna? E aquelas que são filhas de um casal homoafetivo? Não estaria este complexo restrito àquele tipo de família tradicional típico da Viena do início do século XX, objeto das análises de Freud? Nasio afirma que não. Segundo o psicanalista francês, toda criança experimenta o Édipo, independentemente de sua cultura ou estrutura familiar. A razão é que “nenhuma criança de quatro anos escapa à torrente das pulsões eróticas que lhe afluem e porque nenhum adulto de seu círculo imediato pode evitar ser o alvo de suas pulsões ou tentar bloqueá-las”. Quando falamos então sobre pai ou mãe no complexo de Édipo, isso não deve ser entendido de maneira rígida, referindo-se apenas a um tipo de família triangular ou a figuras estritamente masculinas e femininas. Na leitura lacaniana, por exemplo, o pai significa “o desejo da mãe”, e tudo aquilo que ocupa este lugar pode também ser percebido pela criança como um pai. Nenhum ser humano escapa do Édipo.

Glauber Ataide

* Buscamos resumir, neste texto, as formulações de J.-D. Nasio em sua obra Édipo - o complexo do qual nenhuma criança escapa, 2007.

Referências

NASIO, J.-D. Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2007.

LAPLANCHE, J., PONTALIS, J.-B. Vocabulaire de la psychanalyse, 2021.

Ouça sobre o complexo de Édipo em nosso podcast


11/Deixe seu comentário

  1. agora fiquei com medo dos meninos de 4 anos...rsssss precoces! rs homens são todos iguais desde sempre, credo! =P

    ''se existem seres que não possuem pênis, ele também pode perder o seu'' hahaha bem feito! \o/ zuando..^^


    ''a menina tem apenas um: o de possuir a mãe.'' o.O eu não passei por essa fase não!!! rsssssss

    ""Quero esse falo de volta e o terei nem que o tenha que arrancar do menino!". kkkkkkkkkkkkkk


    "Quando crescer, vou me casar com o papai". Deus me livre de casar com o meu, nem minha mãe aguentou hahaha



    agora, sem brincadeira: que viagem isso aí! povo que faz psicologia é tudo doido! hehehe (eu qria fazer...=P)

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    1. É importante voce entender que tudo isso é "inconsciente" nao é algo que voce ve ou percebe muito menos se lembra de ter vivido na infancia. Tipo seus sonhos, so viagem tudo loucura. Por que? Porque assim como o Edipo os sonhos sao expressoes "inconscientes" ����

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  2. tenho ate medo a filha da minha namorada, é apaixonada pela mãe dorme com ela ate agora aos 11 anos fala sério!!!!!

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  3. Engraçado, ao ler essa matéria, lembro-me perfeitamente do meu complexo de Édipo, do amor sobre a figura masculina, da ''raiva'' por não ter um pênis, das descobertas genitais.. iniciou exatamente aos 3 anos... fantastico.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Vou dar uma aula na facul sobre o assunto, especificamente sobre os meninos, só quero ver a cara da galera e as perguntas q irão fazer ^^,é um assunto intrigante, não me lembro de nada disso, até pq meus pais se separaram eu tinha 4 anos, queria saber como fica o complexo de uma menina nessa situação.

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  6. Respondendo a sua dúvida Paloma.
    Quando ocorre a separação dos pais e você continua mantendo contato com eles normalmente,continua do mesmo jeito,mas caso você não tenha mais contato com o pai por exemplo:a criança vai encontrar algum representante que fique nesse lugar( sempre inconscientemente),como um tio,irmão mais,velho,o homem da padaria,alguem que ela tenha contato e que se identifique,não precisa ser necessariamente o pai,ou até mesmo o oposto ( a mãe),que pode ser representada pela tia,avó e etc.

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  7. Você me ajudou a sintetizar algumas coisas, hoje darei aula sobre isso. Obrigado.

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  8. Falando de genero, poderia se explicar assim a tendencia desde cedo para a homosexualidade, tanto menino como menina?

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  9. Olá, Ruy,

    Segundo Freud, todos os seres humanos são originariamente bissexuais, e “a psicanálise permite-nos apontar para um vestígio ou outro de uma escolha homossexual em todos os indivíduos”.

    No artigo O caso Schreber, Freud afirma que “de modo geral, todo ser humano oscila, ao longo da vida, entre sentimentos heterossexuais e homossexuais.” Este mesmo ponto de vista é reafirmado em A psicogênese de um caso de homossexualismo numa mulher: “Em todos nós, no decorrer da vida, a libido oscila normalmente entre objetos masculinos e femininos”. Na mesma obra ele também afirma: “A psicanálise possui uma base comum com a biologia, ao pressupor uma bissexualidade original nos seres humanos”. O que definirá a preponderância da chamada “escolha objetal” de um indivíduo por pessoas do mesmo sexo não pode ser definido de antemão. Porém, isso é suficiente para demonstrar que a homossexualidade não é, de forma alguma, “antinatural” ou um “desvio” de qualquer natureza. Segundo Freud, “uma medida muito considerável de homossexualidade latente ou inconsciente pode ser detectada em todas as pessoas normais”, e levando em consideração diversas descobertas da psicanálise sobre o assunto, “cai por terra a suposição de que a natureza criou, de maneira aberrante, um ‘terceiro sexo’”.

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  10. Veja também este post:

    Freud e a homossexualidade feminina:
    http://glauberataide.blogspot.com.br/2013/10/freud-e-homossexualidade-feminina.html

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